Isabel Silvestre

Encantatórios são estes cânticos entoados pela alma da serra, alma mater saudosa do pólo celeste em que se consuma o todo, vozes que liturgicamente conjuram o reatar das núpcias do Céu e da Terra. Nelas perpassam acentos melódicos do canto gregoriano.
















Que lugares guardamos na memória? Que importância têm nas nossa vidas?

Pontos de Fuga 02: Isabel Silvestre

Pela primeira vez disponível na Internet:
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Texto: Natália Correia

Música: Isabel Silvestre; GNR; Grupo de Cantares de Manhouce
Colaboração especial: Virgínia Marques
Pós-produção: João Félix Pereira
Produção e Realização: Francisco Mateus
Tempo total: 40:28 min


















Escutai antes, na fonte donde eles jorram, primitivas melodias hebraicas, entranhadas nos ritos populares beirões, por uma antiquíssima cultura semita, vinda do médio oriente que remanesce no húmus popular das Beiras e na persistência desse comprovado património em que se inscrevem arquétipos matriarcais provindos duma trilogia do feminino provectamente anterior à religião patriarcal dos hebreus que da magia do coral de Manhouce se eleva como uma branca auréola musical a voz puríssima de Isabel Silvestre, em que se ouve o marulhar das águas maternas de origem. Bem hajam os cânticos que adormecem os corações insones, destes temas escurecidos pela peste do ter que incendeia a História.

Natália Correia













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Próximo convidado: Mário de Carvalho